quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Curiosidades


Quando D. José I, em 1750 subiu ao trono, o reino encontrava-se numa grave situação económica.O ouro que chegava do Brasil era cada vez menos. A agricultura não produzia e as indústrias eram poucas. Comprava-se quase tudo ao estrangeiro.O povo via com grandes dificuldades. A nobreza e o clero, que tinham recebido de D. João V grandes honras e dinheiros, abusavam do seu poder.D. José I nomeou para seu ministro Sebastião José de Carvalho e Melo que, durante o reinado de seu pai, tinha sido embaixador de Portugal no reino de Portugal em Viena de Áustria.Sebastião José de Carvalho e Melo ficou conhecido pelo nome de
Marquês de Pombal.


A política pombalina obedece às seguintes caracteristicas fundamentais:



  • o Absolutismo - destruir radicalmente todas as forças que podiam de alguma maneira limitar o poder do rei. Essas forças eram por um lado, a nobreza, e daí ele ter liquidado as figuras mais altas da nobreza, que eram o clero, mas sobretudo, os jesuitas, que eram os confessores das pessoas da família real e que dessa maneira tinham um controlo da política do reino. Para impôr toda a sua filosofia, usou de métodos brutais, como é o caso da matança da família Távora. Mandou enforcar todos os membros dessa família, incluindo mulheres grávidas e crianças. Queria mostrar ao povo que quem mandava era ele.

O Marquês de Pombal iniciou um conjunto de reformas para desenvolver o reino e fortalecer o poder absoluto do rei.

Reforma do aparelho do Estado,Reforço do poder Real


Depois da morte de D. João V, quem passou a governar o País foi D. José I que nomeou Sebastião José de Carvalho e Melo seu ministro.


Nessa altura o país enfrentava vários problemas económicos:



  • Vinha menos ouro do Brasil, a agricultura e indústria estavam pouco desenvolvidas e haviam menos exportações e mais importações.

No dia 1 de Novembro de 1755, parte do território português foi abalado por um grande terramoto, seguido de um maremoto. Enquanto a multidão se juntava à beira do rio, a água subiu a uma tal altura que inundou a parte mais baixa da cidade.


Após o terramoto, o rei e a família real viveu durante alguns anos numa grande construção de madeira, a «Real Barraca».


Após tudo isto, o Marquês de Pombal tomou várias medidas para a reconstrução da cidade.


Fez ruas largas e geométricas com passeios calcetados, casas com fachadas iguais, da mesma altura e com estrutura anti sísmica, uma rede geral de esgotos. Reconstruiu também o Terreiro do Paço, que passou a chamar-se Praça do Comércio.


O Marquês de Pombal realizou igualmente uma série de reformas para desenvolver Portugal.


O processo os Távora


Na sequência do terramoto, D. José I deu ao seu primeiro-ministro poderes acrescidos, tornando Sebastião de Melo numa espécie de ditador. À medida que o seu poder cresceu, os seus inimigos aumentaram e as disputas com a alta nobreza tornaram-se frequentes.

Em 1758 D. José I é ferido numa tentativa de regicídio. A família de Távora e o Duque de Aveiro foram implicados no atentado e executados após um rápido julgamento. Sebastião de Melo não mostrou misericórdia, tendo perseguido cada um dos envolvidos, incluindo mulheres e crianças.

Com este golpe final, o poder da nobreza foi decisivamente contrariado, marcando uma vitória sobre os inimigos do rei. Pela sua acção rápida, D. José I atribuiu ao seu leal ministro o título de Conde de Oeiras em 1759.

A 3 de Setembro 1759, um ano depois da tentativa de regicídio a D. José, expulsou os jesuítas da metrópole e das colónias, confiscando seus bens, sob a alegação de que a Companhia de Jesus agia como um poder autônomo dentro do Estado português e as suas ligações internacionais eram um entrave ao fortalecimento do poder régio.

No seguimento do caso Távora, o novo Conde de Oeiras não conheceu qualquer nova oposição. Adquirindo o título de Marquês de Pombal em 1770, teve quase exclusivamente o poder de governar Portugal até à morte de D. José I em 1777.

A sucessora, rainha Maria I e o seu marido Pedro III detestavam o Marquês. Maria I teria alegadamente sofrido de ataques de raiva apenas ao ouvir o nome do antigo primeiro-ministro de seu pai.

A Rainha nunca perdoou a impiedade mostrada para com a família Távora e retirou-lhe todos os cargos. Mais ordenou que o Marquês se resguardasse sempre a uma distância de pelo menos 20 milhas dela. Se passasse em viagem por uma das suas propriedades, o Marquês era obrigado por decreto a afastar-se de casa.

O Marquês de Pombal morreu pacificamente na sua propriedade em 15 de Maio de 1782. Os seus últimos dias de vida foram vividos em Pombal e na Quinta da Gramela, propriedade que herdara de seu tio, o arciprestre Paulo de Carvalho e Ataíde, em 1713.

Hoje, ele é relembrado numa enorme estátua inaugurada por Oliveira Salazar, em 1934, numa das mais importantes praças de Lisboa, que tem o seu nome. Marquês de Pombal é também o nome da estação de metropolitano mais movimentada de Lisboa.

A Reforma do ensino


Reformas no Ensino:

  • Criou no País escolas de instrução primária;



  • Fundou o Real Colégio dos Nobres para dar instruções aos filhos da nobreza, que exercitavam alguns cargos de funcionários do Estado;



  • Proibiu a utilização de manuais, e os métodos de ensino dos jesuítas que eram considerados obsoletos, extinguiu a Universidade de Évora, controlada por essa ordem religiosa;



  • Arranjou a Universidade de Coimbra, introduziu o ensino de novas matérias, novos métodos e recurso à experiência laboratorial.

Ensino na Universidade



“Para as lições (das Ciências) para que se fizessem com aproveitamento os estudantes deveriam ver as experiências e adquirir os hábitos de execução (…). Para isso fizeram uma colecção de máquinas, aparelhos e os instrumentos que eram precisos para o dito fim de uma sala para lá dentro se fazerem experiências com assistência dos estudantes.”



Estatutos da Universidade de Coimbra, 1772



Como conclusão - As reformas pombalinas ajudaram em muito na modernização do nosso País.



Depois da morte de D. José I, a sua filha, rainha D. Maria I, acusou-o de cometer muitas injustiças e viveu o resto da sua vida na sua Quinta em Pombal.

um pouco da sua vida


Sebastião José de Carvalho e Melo, mais conhecido como Marquês de Pombal ou Conde de Oeiras, nasceu em Lisboa no dia 13 de Maio de 1699 e faleceu em Leiria no dia 8 de Maio de 1782 foi um nobre e estadista português. Foi secretário de Estado do Reino, primeiro-ministro do Rei D. José I (1750-1777), sendo considerado, ainda hoje, uma das figuras mais controversas e carismáticas da História Portuguesa. Representou o Despotismo iluminado em Portugal no século XVIII, viveu num período da história marcado pelo iluminismo, tendo desempenhado um papel fulcral na aproximação de Portugal à realidade económica e social dos países do Norte da Europa. Iniciou com esse intuito várias reformas administrativas, económicas e sociais. Acabou na prática com os autos de fé em Portugal e com a discriminação dos cristãos-novos, apesar de não ter extinguido oficialmente a Inquisição portuguesa, em vigor até 1821. Foi um dos principais responsáveis pela expulsão dos Jesuítas de Portugal e suas colónias. A sua administração ficou marcada por duas contrariedades célebres: o primeiro foi o Terramoto de Lisboa de 1755, um desafio que lhe conferiu o papel histórico de renovador arquitectónico da cidade. Pouco depois, o Processo dos Távoras, uma intriga com consequências dramáticas.